Blogue Iniciado em 31 Julho de 2008

Trova Nossa

Este Blog pretende ser um espaço de informação sobre várias matérias relacionadas com a Música e o Som de uma forma geral, mas irá ter uma preocupação muito especial com a nossa música tradicional, por um lado, e, por outro, com as Músicas do Mundo.
Estará, como é óbvio, à disposição de todos os que queiram colaborar nesta tarefa de divulgar a a nossa música e enriquecer, com o seu contributo, este espaço que se pretende de partilha.

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sábado, 30 de agosto de 2014

Novas Rotas Pedestres em Loriga... Algumas sugestões



Há cerca de 5 anos, desafiado pela nossa conterrânea, Margarida Pina Reis, desafiei e envolvi o Carlos Amaro para desenharmos alguns percursos pedestres que, devidamente assinalados e com informação adequada, pudessem ser apresentados aos visitantes como pólos de interesse turístico da nossa terra.  Em 8 de agosto de 2010 dei nota do resultado desse trabalho aqui:


Fruto desse trabalho, desenvolvido sob a égide da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga,  em 14 de agosto de 2010 foram apresentadas as "Rotas da Broa", facto quem assinalámos com um post neste blog: 

Na altura, não foi fácil conseguir todas as colaborações que pretendíamos reunir, mas, apesar de tudo, prosseguiu-se o trabalho no sentido de chegar ao objetivo,  que foi atingido.
Hoje, tudo é mais fácil, uma vez que o CISE e a própria autarquia,  já assumiram as rotas pedestres como uma prioridade, o que é louvável a todos os níveis.

Preocupa-me, no entanto, o facto de que a manutenção dessas rotas tenha custos, provavelmente imputados a todos os munícipes, enquanto que empresas especializadas na organização de, passeios, caminhadas, aventuras e outras denominações, usando essas rotas, não contribuam para a sua manutenção, seguindo o princípio, hoje tão em voga, do utilizador/pagador.
Vejo anunciadas, por algumas empresas da capital ou dos arredores, descidas da Garganta de Loriga, com custos de  40 ou 50 euros por pessoa, bem como outros percursos a preços variáveis. Pergunto: Será que desses 40 ou 50 euros não seria justo pedir uma percentagem, a título de taxa, para a autarquia, criando assim um fundo para manter as rotas e, eventualmente, permitir a criação de outras novas?

É óbvio que a cobrança desta taxa, só teria lugar em situações comerciais. Os particulares ou instituições sem fins lucrativos que utilizam estas rotas, não faria sentido que fossem taxados, uma vez que não têm receitas, não as utilizam com fins comerciais.

E porque não, promover a nível local, empresas que se dediquem à organização deste tipo de atividades?

Durante as minhas férias, este ano, procurei fazer algumas caminhadas, explorando novas rotas. Recordando a infância, percorri alguns caminhos e revi locais, que não via há mais de 4 décadas. As paisagens continuam magníficas, como se pode constatar pelos registos fotográficos que aqui partilho. No entanto, a falta de limpeza dos trilhos, das veredas e caminhos antigos, impediram-me de ir mais longe.
Deixo aqui uma sugestão às entidades competentes: Agora que consolidaram as rotas, no vale da Ribeira da Nave, porque não investir um pouco no Vale da Ribeira de S. Bento, também ele, com paisagens de cortar a respiração?... Uma subida ou descida do Vale da S. Bento pode ser tão ou mais "radical" que o percurso da Garganta de Loriga.
A atestar esta afirmação deixo um video com algumas das fotos que registei, nos dois dias em que subi o Vale de S. Bento. Primeiro pela margem direita, até aos Alqueves, uma vez que o caminho a partir daí, não está muito capaz de prosseguir a subida. O mesmo se passou no dia seguinte, na subida da margem esquerda, até onde foi possível. Desta vez chegámos aos Coiços, uma vez que a partir daí, também o caminho não oferece condições para prosseguir.


Outro percurso que poderia ser facilmente "vendido" a quem nos visita é o da Calçada Romana, que vai da Campa até ao Chão dos Dornos e eventualmente continuar até à Portela do Arão, em direção ao antigo Viveiro. Este troço de Calçada Romana é o mais longo e mais bem preservado de Loriga. Por outro lado tem a mais valia do Caixão da Moura incluída no percurso.

A minha intenção ao publicar este "post" não pretende atingir ninguém em particular, nem pessoal nem institucionalmente.  Trata-se, apenas de um contributo de alguém que ama a sua terra e que gostaria  de vê-la desenvolver-se  e garantir  um futuro melhor aqueles que escolheram aí permanecer.
Loriga merece tudo o que possamos fazer para promover o seu desenvolvimento!...



sábado, 26 de julho de 2014

Reflexão de Férias... Quando é que vão permitir que as escolas funcionem?...


Há 34 anos que estou ligado a este setor, exercendo variadas funções, desde a função de professor, dos diversos níveis de ensino, até às funções de dirigente de diversas estruturas associativas, ligadas à educação, umas de carácter sindical, outras de carácter pedagógico e até mesmo funções de direção de estabelecimentos escolares. Participei em inúmeras reuniões de negociação com várias equipas ministeriais. Representei os professores na UGT e na FESAP. Estive diretamente envolvido na criação do movimento sindical independente dos professores. Nunca me abstraí  de emitir a minha opinião, nas organizações a que pertenci, mesmo sendo minoritário, mas exercendo o meu direito de cidadania, que permite a livre opinião. Nunca virei a cara à luta, estando na linha da frente de algumas das lutas mais difíceis da classe. Confesso, no entanto que a desilusão começa a ganhar raízes dentro de mim! Não que enjeite as minhas responsabilidades enquanto cidadão livre e responsável, pois continuo a intervir socialmente. A prova disso é a recente nomeação para o Conselho Municipal de Educação, de Torres Vedras, em representação do agrupamento de escolas onde exerço funções. Por outro lado, ainda esta semana fui reeleito para mais um mandato de 4 anos, como Presidente do Conselho Geral  do Agrupamento de Escolas Pe. Vitor Melícias.
Posso, portanto, com conhecimento de causa, analisar a evolução ou (des)evolução que o nosso sistema educativo tem vivido. 
A politica educativa dos sucessivos governos tem-se pautado por uma prática a que eu, com algum humor negro, costumo chamar de "canina". Tal, deve-se ao facto de, como os canídeos, os sucessivos ministros pretenderem - e têm-no feito - deixar a sua marca, demarcando o território como o fazem os ditos. Assim, todos têm  feito a sua "mijadela", deixando o sua assinatura nas pretensas "reformas". Só que nem sempre as marcas têm sido benéficas para a educação e, muito menos, para o futuro do país. Reformas que carecem de avaliação, para se poder aferir se resultaram ou não em mais valias para o sistema... Medidas avulsas de duvidosa utilidade que, logo que muda a cor do governo são substituídas por outras  que suscitam mais dúvidas ainda... 
Para além dos sucessivos governos há, ainda, um outro "quisto" no nosso sistema. Chama-se FENPROF.
Ao longo dos anos foi e é, uma força de bloqueio, que impediu qualquer verdadeira reforma séria neste setor. Não é que em certos momentos não tivesse razão, mas perdia-a, logo a seguir, devido às suas práticas radicais em que só a luta interessava e nada mais para além da luta. A contestação pela contestação levou os professores e a sua classe, a um nível de descrédito na sociedade portuguesa, que só serviu aqueles que eles diziam combater.
E é  neste cenário de incerteza e insegurança constante, que têm vivido as nossas escolas. Há escolas com projetos interessantíssimos, com boas práticas, com alunos e professores motivados, mas que as sucessivas "invenções" não deixam vir ao de cima estas marcas de excelência, diluindo-se no pântano de mediocridade que criaram 
Dizia alguém, há uns dias, penso que um professor que se viu obrigado a emigrar, por não ter alternativa em Portugal, que os professores portugueses, são os únicos profissionais no mundo que fazem o que o patrão manda e que a seguir são criticados pelo patrão, precisamente por terem sido obedientes.
É neste universo meio caricato, que se movimenta uma classe que tem, como todas, bons e maus profissionais, mas que vive frustrada por não a deixarem exercer as suas funções com dignidade, sendo que a principal responsabilidade disso, é de quem deveria promover as condições, para que tal sucedesse.
Esta PACC, a brilhante invenção "Cratiana" de uma prova de avaliação de conhecimentos e competências, para profissionais altamente qualificados, é o bater no fundo!... É o reconhecimento da falência do sistema de formação de professores.
Se o não é ou o ministro é autista ou passa um atestado de incompetência a todas as entidades, que estando sob a sua tutela, são responsáveis pela formação inicial de professores. 
Nem é preciso fazer mais comentários, porque a evidência é tão evidente, que choca qualquer ser minimamente inteligente.
A formação dos professores é deficiente? Então, alterem as regras, segundo as quais as universidades e os politécnicos formam os professores. Se assim não é, deixemo-nos de falácias e acabemos com esta hipocrisia, de fazer uma prova para nada, que não seja diminuir a pressão sobre o mercado de trabalho, afastando uns tantos do exercício de uma profissão para a qual estão mais que habilitados.
Já agora... 
Porque não deixam as escolas funcionar?
Apregoam a autonomia, mas nunca abrem mão do "açaime" com que têm condicionado toda a ação de quem, nas escolas, quer fazer  o melhor pelo se país, qualificando as gerações vindouras.
Se acabarem com o Ministério da Educação, penso que prestarão um  grande serviço ao país!
Assim as escolas poderão respirar e fazer aquilo para que estão vocacionadas: Ensinar.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Na passagem do Dia Mundial da Rádio... A saudade dos tempos de clandestinidade...



Quando ainda ninguém falava em Rádios Locais, lá estávamos nós, na oficina do Abílio Marques, na Baixa da Banheira, no início dos anos 80 a fazer as nossa emissões "piratas"! Que gozo e emoção era sentir que, mesmo clandestinamente, éramos ouvidos, do outro lado do rio, na grande cidade, por um número cada vez maior de pessoas!
À terça-feira, um Disco jockey, de que já não recordo o nome, encarregava-se da emissão... uma emissão direcionada para a "malta nova", passava a música que estava na onda, com um público fiel que seguia religiosamente a emissão.
Ao sábado, o programa no qual eu colaborava e a cuja equipa me juntei, praticamente desde a primeira hora. O nome, pomposo quanto baste, dava-nos uma responsabilidade enorme, pois tinha que marcar a diferença, relativamente a qualquer dos programas das rádios oficiais.
Todos os Sábados, às 22 horas em ponto era lançado o "jingle" ...   - Sábado, Sábado à noite... Quase Domingo.... Um programa de Informação e Música...
Assim se iniciava a nossa emissão, que ia até às duas da madrugada. 
Sábado a sábado, o  auditório aumentava. O feed back, aferido pela quantidade de telefonemas de apoio que, ao longo do tempo fomos recebendo, deu-nos coragem e motivação para continuar.
Passo a passo, fomos consolidando  um auditório que, nos dias das emissões se colava aos receptores para escutar a... -"Rádio Arremesso" a emitir da Baixa da Banheira... repetia o "jingle" que, de tempos a tempos era colocado no ar.
Que saudades deste tempo!!! Para além da aventura da clandestinidade, movia-nos a vontade de marcar a diferença, a irreverência de  tentar mudar um "status quo" que parecia imutável. O 25 de Abril já ocorrera há 7 ou 8 anos e, em alguns setores, tudo continuava na mesma. A comunicação social continuava, demasiado elitista e não se havia democratizdo.  
Aos poucos as horas de emissão iam aumentando. O grupo de amigos que se juntava para emitir todos os sábados foi aumentando e chegou-se à Cooperativa que viria a concorrer à frequência, alguns anos mais tarde.
Lembro-me, da primeira emissão, com música ao vivo!  Nesse dia o Abílio esmerou-se com o som, para que tudo corresse como desejado. O Carlos Mssapina, introduziu a rubrica com pompa e circunstância: - Hoje, pela primeira vez, vamos emitir, a partir dos nossos estúdios, música ao vivo. Convosco fica Pinto Gonçalves, que acompanhado com a sua viola, nos vai cantar a Pedra Filosofal, com música de Manuel Freire e letra de António Gedeão.
Eu, sentado numa televisão que ali estava para ser consertada, lá cantei uma das cantigas que faz parte do meu repertório ,desde os meus tempos de adolescência. Foi um momento inesquecível!... As reações do público não se fizeram esperar e os comentários não podia ter sido mais elogiosos.
O impacto destas emissões  começou a sentir-se, sobretudo junto dos órgãos do poder local. Com  um auditório crescente e com a denúncia livre de um conjunto de coisas, que entendíamos não estarem a correr tão bem, cedo começámos a perceber que éramos incómodos, mas isso só contribuiu para aumentar a nossa responsabilidade.
Com o aumento das horas de emissão e do número de colaboradores, não podíamos continuar na oficina do Abílio e passou-se para um rés do chão, arrendado para instalar, mais ou menos oficiosamente  a Rádio Arremesso. Estávamos já em 84 e nesta altura, o número de Rádios Locais era quase tão grande como o número de concelhos do país, senão mesmo superior. Em Lisboa havia surgido o projeto TSF, com uma capacidade de intervenção enorme, tendo em conta os nomes envolvidos no projeto. Os grupos de comunicação social, não quiseram perder o combóio e lançaram, também eles as suas rádios. A Rádio Gest, a Telefonia de Lisboa, a CM rádio entre outras, apareceram nesta altura.
Mas, na Margem Sul, as rádios também começaram a nascer como cogumelos. Assim, liguei-me à Rádio Mrgem Sul, do meu amigo e colega, Gonçalo Rego, que já editava a Voz do Barreiro, jornal local onde eu já colaborava e, também ele, colaborador, enquanto comentador dos nossos programas na Arremesso.
Na Moita, surgia o projeto Rádio Clube da Moita, pela mão de um outro amigo e colega da Assembleia Municipal, o Manuel Luis Beja. Também colaborei com este projeto com uma crónica semanal ao sábado, que entrava no ar via telefone.
Neste tempo, enquanto formador do FAOJ, Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis, que mais tarde daria lugar ao Instituto da Juventude, formei muitos jovens para integrarem os departamentos de informação das novas rádios. Vários foram os que singraram nos inúmeros projetos locais, mas um desses jovens é, ainda hoje, um nome sonante da rádio em Portugal. Trata-se do Júlio Heitor, que hoje é responsável pelas tardes da Renascença, mas durante muitos anos foi um dos rostos da RFM.
Na Rádio Margem Sul, para além da responsabilidade da informação, comecei com um projeto de divulgação da nossa música ligeira: Portugal a Cantar. Este programa esteve no ar cerca de 4 anos, dois na Margem Sul e mais dois na Rádio Popular de Lisboa, para onde me mudei, quando deixei de viver na outra margem e fixei residência em Lisboa. Pelo meio, a responsabilidade pelo departamento de Informação do Clube Radiofónico de Portugal, durante mais de um ano.
Um episódio triste, marcou este programa, ainda na Margem Sul. Numa 5ª feira de Agosto, tive como convidado - o programa convidava sempre um intérprete -  o inesquecível Carlos Paião. Como já morava em Lisboa, na altura, fui com ele, no seu carro, para o Barreiro. Um homem simples, simpático e humilde que viria a falecer, no sábado seguinte, devido a um acidente rodoviário. Fiquei em choque, porque tive a noção de que fui eu que lhe fiz a última entrevista, na qual ele falava com um entusiasmo enorme dos seu projetos para o futuro. Só que o seu futuro acabou, dois dias depois!...
Fiz centenas de entrevistas, com políticos, artistas e outras figuras mais ou menos anónimas, mas nenhuma me marcou como esta, devido às circunstâncias que viriam a ocorrer.
Em 1989, já com as rádios legalizadas, abandonei as lides radiofónicas, mas confesso que o bichinho ainda mexe cá dentro. Quantas vezes, não me deu já vontade de me disponibilizar para colaborar com uma das rádios da zona de Torres. 
Como soe dizer-se: "Never say never!..."

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

CONCERTO DE ANO NOVO...


Este novo ano vai iniciar-se pleno de atividade musical. Através da AnimEsp, produzi um CONCERTO DE ANO NOVO, com três dos projetos que dirijo: O Gruo Coral Juvenil Arco-Íris do Agrup. de Escolas Padre Vitor Melícias, O ComCordas - Grupo de Cavaquinhos de Torres Vedras e o Rufos & Roncos - Grupo de Gaitas e Percussão da Casa da Cultura de Ponte do Rol
Assim, vamos realizar duas sessões, uma no dia 11, na Igreja de Ponte do Rol, pelas 19h, no final de Missa Vespertina e outro no dia 12, na Igreja da Misericórdia, em Torres Vedras, às 16h.
Para os interessados aqui fica o Programa:

1 - Porque é Natal – Arco-Íris
2 - Estrela Guia - Arco-Íris
3 - Joy to the World – Rufos & Roncos
4 - Adeste Fideles - Rufos & Roncos e ComCordas
5 - Xácara da Ida para Belém - Arco-Íris
6 - Som Bem Bom - Arco-Íris
7 – Ó Meu Menino Jesus - Rufos & Roncos e ComCordas
8 – Litle Drummer Boy - Rufos & Roncos
9 – Um Presente Especial - Arco-Íris
10 – Em Tons de Natal - Arco-Íris
11 – Jingle Bells - Rufos & Roncos
12 – Feliz Navidad  - Arco-Íris
13 – Medley Natal – ComCordas, Rufos & Roncos e Arco-Íris


Arco-Íris

ComCordas

Rufos & Roncos