Sou elemento do Grupo de Cavaquinhos de Torres Vedras – ComCordas.
Como na minha idade já se pode sonhar o tudo ou o nada, eu sonhei o tudo e entrei no grupo.
Sei que sou um pouco desajeitada para a música mas tinham-me dito que aprender Cavaquinho era fácil e eu acreditei. Qual história! Logo nas primeiras aulas, vinte vezes pensei em desistir e outras tantas desisti de desistir. Nem me reconhecia! Eu, que até gosto de desafios e de tudo o que dá luta, estava a deixar-me ir numa onda de pessimismo completamente oposta ao meu lema de vida: “Fazer de cada dia um dia feliz”.
Com a continuação das aulas fui ouvindo do professor expressões como: “todos aprendem”, “é preciso ser optimista” ou “o trabalho é um meio de conseguir”, expressões precisamente iguais às que eu usei durante 36 anos como professora. E dei a volta!
A cada corda deste pequeno instrumento dei um nome: a primeira chama-se entusiasmo; a segunda, força; a terceira, confiança; a quarta terá o nome que o tempo lhe quiser dar.
Eu, mesmo não acertando no ritmo, trocando o dó com o sol e misturando o compasso binário com o ternário, estarei lá. O que não prometo é estar tocando bem.
Obrigada professor, ajudou-me a não desistir!
Maria do Espírito Santo
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