
Na Nazaré, além do instrumental de tipo semelhante ao utilizado nas rusgas nortenhas que acompanha cantares e danças do rancho folclórico local - violões, guitarras, clarinetes, harmónicas e ferrinhos - viam-se ainda a enriquecer esse conjunto, um grupo de idiofones originais, constituidos por objectos de uso corrente, improvisados como instrumentos rítmicos, que os pescadores utilizavam quando à noite saíam das tabernas a cantar e que continham possibilidades sonoras. Nomeadamente o cântaro de barro, em cuja boca batiam com um abano, as pinhas que friccionavam uma contra a outra, e uma garrafa de vidro com dois garfos no gargalo.
Curiosamente, alguns grupos folclóricos portugueses de Peniche, da Nazaré, do Bombarral, da Guarda, etc., usam o cântaro com abano - “grande quarta de barro” - sem buraco lateral.
É tocado com um abanador na abertura, produzindo um som grave que reforça o acompanhamento rítmico.
Sem comentários:
Enviar um comentário