Blogue Iniciado em 31 Julho de 2008

Trova Nossa

Este Blog pretende ser um espaço de informação sobre várias matérias relacionadas com a Música e o Som de uma forma geral, mas irá ter uma preocupação muito especial com a nossa música tradicional, por um lado, e, por outro, com as Músicas do Mundo.
Estará, como é óbvio, à disposição de todos os que queiram colaborar nesta tarefa de divulgar a a nossa música e enriquecer, com o seu contributo, este espaço que se pretende de partilha.

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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Como os outros nos vêem...

Há algum tempo atrás, a Inês Reis, jovem, recém licenciada em Comunicação  pela Universidade Nova de Lisboa, -  a quem, durante algum tempo, dei aulas de canto - pediu-me autorização, para traçar o meu perfil, no âmbito de um trabalho que deveria apresentar, para uma das cadeiras da sua licenciatura.
Como  normalmente não digo que não, a este tipo de coisas, anui e concedi-lhe uma entrevista, onde falámos de mim e de algumas das recordações de infância e juventude, em Loriga e nos seminários do Fundão e Guarda, que frequentei.
Para além de mim, falou com outras pessoas que me conhecem e comigo convivem, no sentido de melhor traçar esse perfil.
Acontece, que o trabalho foi realizado, apresentado e classificado e eu pedi, como não podia deixar de ser, uma cópia, para poder aferir se me revia ou não no perfil traçado.
O trabalho está muito bem elaborado, bem escrito e traça, de facto, um perfil da minha pessoa, que me deixou bastante comovido, em algumas partes da sua leitura, nomeadamente, com o depoimento do meu filho Sérgio, bem como um ou outro episódio, que me trazem à memória tempos e locais muito especiais.
Partilho, hoje, aqui, esse excelente trabalho da Inês, assinalando o quanto podemos ganhar quando paramos um pouco para pensar e reflectir ou quando deixamos que os outros nos mostrem como nos vêem...
Num tempo em que cada vez nos isolamos mais, é importante dar-mo-nos a conhecer aos nossos amigos e partilhar com eles as nossas alegrias... tristezas... sucessos... insucessos... 
É que, os verdadeiros amigos, são os que nos vêem como somos.... com os defeitos e com as virtudes... e nos criticam quando é necessário, mas nos apoiam, incondicionalmente, quando disso necessitamos.




A Inês tem feito parte de alguns dos meus projectos musicais. Podemos vê-la nesta foto comigo num desses projectos: "Cantares de Andarilho" - dedicado à divulgação da música do "Andarilho" Zeca Afonso.

Clique na foto do texto para ler todo o documento

Artigo de Inês Reis


sábado, 17 de novembro de 2012

Ribombar distingue alunos que completaram 5 anos no grupo...




Decorreu ontem, 16 de novembro, o Espetáculo da Abertura Solene do Ano Letivo do APVM, que teve lugar na sala do Centro Pastoral S. Sebastião, no Sobreiro Curvo.
Foi durante este espetáculo que os alunos que completaram cinco anos ao serviço do Grupo Ribombar, foram distinguidos com um Diploma e um crachá, para assinalar a sua dedicação.
Bruna Gigante, membro do grupo desde a sua fundação, apesar de já não frequentar a nossa escola, continua a manter a sua ligação, participando em muitas atuações; Jéssica Francisco, já não frequenta  a nossa escola há três anos, mas continua assídua, quer nos ensaios, quer nas atuações; Diogo Gonçalves, Gonçalo Ribeiro, Rafaela Silva e Tiago Santos, concluiram já o 9º ano e estiveram no grupo desde o 5º ao 9º completando o ciclo de 5 anos, sempre no ativo, bem como o Fábio Carreira, que continua a frequentar a nossa escola e, também ele, completou 5 anos no grupo. 
Para além de um reconhecimento para os laureados, poderá funcionar com um estímulo para os mais novos e reforçar o espírito de família que, desde o início tem pautado o funcionamento do grupo.
Este é, sem dúvida, mais um marco na vida deste projeto que tão bons resultados tem dado ao longo dos seus 7 anos de existência e que, para além de ser o símbolo do Agrupamento de Escolas, é, também, um embaixador de Torres Vedras e do seu Carnaval, onde, anualmente, tem presença marcante.
Aqui fica o video da nossa atuação:


domingo, 11 de novembro de 2012

Em Noite de S. Martinho... A Tradição das Chocalhadas


A noite de ontem em Sacavém - Foto de Fernando Moura Pinto

Cumpriu-se, mais uma vez a tradição das Chocalhadas de S. Martinho, quer em Loriga, quer em Sacavém pela mão da ANALOR.
Desta vez, em Loriga, com uma maior visibilidade que lhe foi dada pelo facto de ser incluída no programa de animação das Aldeias de Montanha e constituir, mais uma das Vivências d'Aldeia, evento apadrinhado pela Comissão das Marchas de Loriga.
Estes fenómenos de "exaltação da ruralidade" têm cada vez maior importância, quanto mais não seja para revisitar um tempo em que Loriga dependia, em grande medida, da indústria, mas em que o amanho da terra tinha uma importância primordial, na subsistência das famílias numerosas.
Por outro lado, a pastorícia é a atividade, provavelmente, mais ancestral das gentes da serra, pelo que estas práticas rituais, festivas e lúdicas, têm e sempre tiveram o condão de amenizar a rudeza e a dureza a que tais tarefas estavam sujeitas.
Já antes escrevi sobre este ritual das "Chocalhadas" aqui neste Blog:
http://trovanossa.blogspot.pt/2009/01/tradies-da-minha-terra-chocalhada-de-s.html
Mas hoje pretendia aprofundar um pouco mais a razão de ser deste e de outros rituais semelhantes, como a afirmação de uma identidade rural, um tanto incompreensível para as gerações mais jovens, que não tendo vivenciado essa ruralidade, têm dificuldade em compreender a importância que os mesmos assumiam para as comunidades rurais que os praticavam e continuam a preservar.
É importante que os mesmos sejam compreendidos e apreendidos pelas novas gerações sob pena de perdermos todos os laços que nos prendem ao passado  e, com isso, perdermos o fio condutor que nos pode apontar caminhos para o futuro.
Deixo aqui um texto interessante de um autor brasileiro, que encontrei, pesquisando na internet e que me parece explicar a importância da ruralidade e as suas tradições nas sociedades atuais.

A noite de ontem em Sacavém - Foto de Tó Amaro

A ruralidade e as suas tradições na sociedade da globalização
Identifica-se como característica da contemporaneidade não apenas a mobilidade espacial, mas, sobretudo, a simbólica que se expressa pela capacidade do indivíduo de mover-se entre vários universos culturais em diferentes escalas espaço-temporais, e de lidar com um amplo repertório de material simbólico – matéria prima para a construção ou redefinição de identidades sociais. A coexistência desses diferentes códigos simbólicos – num mesmo grupo, indivíduo ou localidade – distingue o cenário social das sociedades contemporâneas. Os indivíduos não pertencem mais a um só grupo ou localidade e, portanto, não têm mais uma única identidade distintiva e coerente. As identidades construídas e permeadas pela lógica cultural pós-moderna são híbridas, maleáveis e multiculturais.
 E, como as possibilidades tecnológicas e sociais de nossa época possibilitam aos indivíduos e aos grupos intervir em escalas territoriais múltiplas, esta construção identitária acaba por internalizar, muitas vezes, as contradições (ou os paradoxos) entre as diversas escalas de ‘pertença’.
Portanto, hoje já não seria mais possível pensar o mundo ou o espaço rural sem admitir que um mesmo espaço é sempre um espaço plural, onde há diferentes formas de se associar ou se identificar com um território (seja através da produção, do emprego, da ocupação, do património, da residência, da residência secundária, do lazer, do turismo).
Esta ausência de identificação ‘imutável’ de um grupo com um espaço conforma a chamada ‘desterritorialização’. Todavia, este fenómeno não anula a referência espacial, antes instaura uma forma de concorrência entre espaços locais ou regionais que devem e se tornam ‘jogadores’ dentro de uma série de ‘jogos’ sociopolíticos e socioeconómicos, fazendo valer suas potencialidades, em que as heranças ecológica, cultural, paisagística, social, ambiental acabam constituindo a diferença valorizada. E, embora estes processos toquem também ao urbano, às pequenas cidades, o mundo rural tornou-se predisposto atualmente a constituir o pólo do passado histórico, da herança, dos valores seguros, da sociabilidade convivial; em suma, a constituir o apoio dum imaginário e de práticas de relocalização.
Nesse sentido, a noção de ‘ruralidade’ pode ser pensada como um conjunto de categorias referidas a um universo simbólico ou visão do mundo que orienta práticas sociais distintas em ambientes culturais heterogénios. O rural não pode ser interpretado, portanto, apenas como a penetração do urbano-industrial naquilo que se definia convencionalmente como rural, mas igualmente pelo consumo, realizado pela sociedade urbano-industrial, de bens simbólicos e materiais e de práticas culturais reconhecidos como próprios do dito mundo rural. Assim, a ruralidade pode ser vista como um processo dinâmico de constante reestruturação dos elementos das culturas locais com base na incorporação de novos valores, hábitos e técnicas. Tal processo implicaria um movimento bidirecional no qual se pode identificar, de um lado, a reapropriação de elementos das culturas locais a partir de uma releitura possibilitada pela emergência de novos códigos e, no sentido inverso, a apropriação pelos urbanos de bens culturais e naturais do mundo rural, produzindo uma situação que não se traduz necessariamente pela destruição das culturas locais, mas que, ao contrário, pode vir a contribuir para alimentar as sociabilidades e reforçar os vínculos com a dimensão local.
José Marcos Froehlich


Partilho aqui o video de José Fernandes com imagens da noite de ontem em Loriga:


domingo, 21 de outubro de 2012

Após Obras de Ampliação... Casa da Cultura de Ponte do Rol Inaugura Novas Instalações


A Casa da Cultura de Ponte do Rol, vai inaugurar as suas novas instalações, resultantes das obras de ampliação que duraram alguns anos e passaram por várias fases.
No próximo dia 27 de outubro, pelas 16h, decorrerá a Sessão Solene de Inauguração. No entanto, durante mais de uma semana, serão realizados uma série de eventos culturais, no sentido de mostrar as potencialidades que as novas instalações vieram proporcionar.
Desde logo, as salas para a catequese, que funcionam já no primeiro andar em gabinetes próprios. Ainda nesse piso, um espaço polivalente, que poderá ser utilizado como sala para atividades como o Balet, que aí funciona neste momento ou outras. Também poderá funcionar como galeria para exposições. Aí decorrerá a Exposição de Pintura e Escultura que estará patente ao público de 27 de outubro a 4 de novembro. Teremos Pinturas de José Mendes, Olga Correia, Leila Baudouin e Domingos Broa e Esculturas de Nuno Vaza.
Esse mesmo espaço, pode também funcionar como pequeno auditório, para Música de Câmara ou pequenas Conferências ou Workshops. No dia da inauguração aí ouviremos os Ensembles da Banda da Juventude Musical Ponterrolense e o Grupo ComCordas.
No espaço do sótão, funciona um ginásio para actividades de dança  e ginástica.
Durante uma semana todas as atividades terão sessões abertas à população sem qualquer custo.
Para além disso, um conjunto de espetáculos em que juntamos grupos convidados, com grupos locais, como se pode comprovar pelo cartaz que anexamos.
No sábado 27, teremos um espetáculo onde reina a voz. O excelente Orfeão de Barrô com as suas 50 vozes divididas em 4 naipes, vai fazer-nos vibrar e deixar as nossa emoções à flor da pele. O nosso Coro Cant'Arte dará mais brilho a uma noite já de si tão brilhante.
No domingo 28, vindo  da bonita aldeia de Cabeça, situada num bonito vale da Serra da Estrela, chega o Balancé da Cabeça, um grupo que nos traz as bonitas cantigas do cancioneiro serrano. O Grupo Rufos & Roncos complementa este espetáculo dando-lhe um toque de juventude, provando que os jovens podem também gostar da nossa música tradicional.
No sábado, dia 3 é o lugar à dança, com o excelente grupo da Academia de dança de Vanesa Silva, da Póvoa de Stª Iria, muito bem coadjuvado pelo grupo Ponterrolense 1002 Danças.
Finalmente, no dia 4, Domingo, mais uma vez na nossa sala a brilhante Orquestra Ligeira Juvenil do CED de D. Maria Pia da casa Pia de Lisboa. 
Durante a Sessão de Inauguração será servido um Porto de Honra à população que se quiser juntar à cerimónia.
Aconselhamos todos a participar nas atividades e nos espetáculos. Esta é uma oportunidade que não se deve perder!


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O Ás do Cavaquinho - Concurso da RTP - VOTE 760 100 303


O Ás do Cavaquinho é um concurso que decorre no programa da RTP, Portugal no Coração.
Ainda durante o verão, quando fazia uma pesquisa na internet, sobre repertório de cavaquinho, apareceu-me um anúncio de um programa sobre o cavaquinho que iria passar na RTP e tinha uma ficha de inscrição para selecionar participantes. Na altura, não referia que seria um concurso individual e eu pensei que poderia ser uma oportunidade para levar o Grupo ComCordas à televisão. 
Assim, preenchi a ficha e enviei. Nunca mais pensei no assunto e até achei que ninguém iria ligar àquilo, porque já me inscrevi diversas vezes para participar em concursos do tipo - Quem quer ser milionário e outros e nunca obtive qualquer "feed back".
Fiquei muito surpreendido, quando, há alguns dias  recebi um telefonema da produção do concurso O Ás do Cavaquinho, a perguntar se continuava interessado em participar e qual seria o dia em que me dava mais jeito participar, se na quinta-feira, dia 11 ou na segunda, dia 15. Eu respondi que tinha que falar com os elementos do Grupo ComCordas, para saber qual a disponibilidade de todos e foi nesta altura que percebi qual o formato do concurso. havia dois concorrentes por programa que depois seriam apreciados por um júri e votados pelo público. Insisti que a minha convicção quando me inscrevi era levar o grupo, mas foi-me dito que o grupo podia ir, mas como claque de apoio.
Perante este facto, pensei: - Bem, continua a ser uma boa oportunidade de mostrar o grupo, embora eu me vá meter numa carga de trabalhos!...
Mas aceitei o desafio dizendo que levava então elementos do grupo, como claque e iria preparar uma atuação de 2  minutos (tempo limite regulamentar por atuação) para o dia 15.

No dia  e hora combinados lá estávamos nós no estúdio, para o ensaio de som. 
Depois, veio o programa e na 2ª parte do programa o concurso. O meu opositor, vinha do Porto: Belmiro Oliveira ele foi o primeiro e abriu as hostilidades... os dados estavam lançados e... quando dei por mim estava já no local da exibição com o assistente de produção a fazer a contagem decrescente.
Tinha preparado uma Rapsódia com três temas de Loriga e dois temas populares de grande sucesso:
Vira de Coimbra, Morena, Ainda não Namoro, Debaixo da Oliveira e Laurindinha.
Lá expliquei aos simpáticos Tânia Ribas e João Baião, que as cantigas tinham sido recolhidas pelo Mestre Ascensão em Loriga, etc, etc...

 E a atuação de 2ª feira decorreu com o meu opositor a usar uma técnica em que sobressaíam
 as unhas postiças presas com adesivo, como bem salientou o José Lucio, membro do júri.
Vejamos aqui a atuação:


A votação de correu até às 23:59 do dia 16 e no programa do dia 17 foram divulgados os resultados:

A partir daqui, havia que preparar a semifinal, que teria lugar no dia seguinte, 5ª feira.
Preparei, então, outra Rapsódia Tradicional, novamente com temas das recolhas do Mestre Ascensão:
Adeus Terreiro do Fundo, Bonequinha e mais três temas do Cancioneiro Popular, mas de diferentes regiões e com ritmos e andamentos diversos, A Minha Saia Velhinha, Não Quero que Vás à Monda e Alecrim.
Nesta fase, em vez de um, havia dois opositores: o vencedor da primeira eliminatória, Ricardo Gonçalves, de Gondomar e Abílio Caseiro, da Nazaré, vencedor da segunda.
A atuação decorreu com algum nervosismo inicial, mas logo afastado pela concentração e o fluir do desempenho.
Veja o video da semifinal.




Agora, até ao dia 22 decorre o período de votação e, no dia 23 será conhecido o vencedor que será o  primeiro finalista apurado.

SE GOSTARAM DA MINHA ATUAÇÃO 
VOTEM - 760 100 303

sábado, 13 de outubro de 2012

Restaurante "Falido" - Um Restaurante para tempos de crise...



Durante as minhas férias, passei pela bonita cidade de Castelo Branco, onde já não ia há algum tempo, para rever amigos e espreitar as mudanças aí operadas, nos últimos anos.
Por sugestão de um amigo jantei num restaurante, que para além de ótima comida, tinha um nome e umas ementas que eu apelidaria de estranhas, mas originais.
Senão vejamos: 
Chamar "Apito Dourado" a um Polvo à Lagareiro é ousado, mas muito criativo.
"Face Oculta" corresponde a um prato de Bacalhau Escondido.
O prato típico da Zona do Pinhal, Os Maranhos, davam pelo nome de "Saco Azul".
A ementa continuava a surpreender-nos a cada novo prato que encontrávamos e decidimos conversar com o Sr. Macário, proprietário de vários restaurantes, na cidade de Castelo Branco, mas, tendo reduzido a sua atividade actual ao "Falido".
Confidenciava-nos o Sr. Macário que, com  a crise, reduzia a sua atividade, uma vez que o setor da restauração foi dos primeiros a sofrer o embate. Assim, como espelho da situação atual do país escolheu o nome do restaurante: "Falido"
Porém, um país falido, tem muitas situações caricatas, por um lado, tristes e escandalosas, por outro. Em função disso, resolveu retratar o país e essas situações nas suas ementas.
Atentem nas ementas do "Falido" e respetiva tradução:
Apito Dourado - Plovo à Lagareiro
Dívida Pública - Camarão Gigante (como a dívida...)
Face Oculta - Bacalhau Escondido
Saco Azul - Maranhos
Friporc - Pratos com carne de porco
Orçamento - Petingas, Joaquinzinhos, etc... ( tudo coisas pequeninas... tal como o Orçamento)
G 20 - Cabrito Estonado (prato para ricos...)
Obras Públicas - Enguias (escorregadias...como as obras...)
Crise à Portuguesa - Uma salsicha com batata frita (poucochinho...)
Crise à Italiana - Espargute com Almôndegas
Crise à Espanhola - Tortilha de Presunto
Crise à Americana - Hamburguer
Submarino - Feijoada de Marisco ( o marisco fica submerso na calda da feijoada...como os submarinos)
Alto Voo - Bifinhos de Avestruz
TGV - Arroz de Lebre ( A Lebre também é muito veloz...)
G8 - Lombinhos com Camarão frito ( Um prato mais Chic... )
Entre parêntesis colocámos alguns dos comentários do Sr Macário quando nos explicava  a razão dos nomes dos pratos.

Da Ementa consta, ainda, a seguinte observação: TGV, G20, Obras Públicas São confecionados por encomenda

O Restaurante "O Falido" situa-se na Rua Dr. Jorge Seabra, nº 11 em Castelo Branco e o telefone é o 964024951

Devo acrescentar que as doses são muito bem servidas, a contrastar, afinal, com o nome do restaurante...

  

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Fim de Semana de Intensa Atividade nas Aldeias de Montanha




Nove percursos pedestres no território das Aldeias de Montanha são a proposta do Município de Seia para assinalar o Dia Mundial do Coração, que este ano se comemora a 29 de setembro.

O dia dedicado ao coração será comemorado em Seia com um convite à população para caminhar, numa ação de sensibilização para a adoção de um estilo de vida mais saudável.
“Este ano o programa é mais abrangente, propondo-se a realização simultânea de percursos pedestres de pequena rota no território das Aldeias de Montanha, itinerários pedestres que constituirão uma das várias propostas de rotas pedestres da Rede de Aldeias de Montanha”, salienta a autarquia em comunicado. 
Os itinerários terão início, em simultâneo, às 9H30 nas localidades de Alvoco da Serra, Lapa dos Dinheiros, Loriga, Sabugueiro, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim e Vide. Na aldeia de Cabeça a caminhada está agendada para mais tarde, às 16H30, tendo em conta que neste sábado a aldeia acolherá ainda o Serão D’Aldeia “Noite da Bôla Lêveda da Cabeça”. O ponto de encontro está marcado para junto das sedes das juntas de freguesia, com exceção da vila de Loriga, com início a partir da Carreira, Sazes da Beira, junto ao Santuário Santa Eufêmia, Teixeira, na Associação dos Amigos da Teixeira, e Valezim, na Senhora da Saúde.
De tipologia de pequena rota, os circuitos estão classificados com um grau de dificuldade baixo e serão acompanhados por técnicos do Município de Seia. A participação é livre, aconselhando-se o uso de calçado e vestuário adequado para caminhadas



Serão D’Aldeia com desfolhada do milho A “Noite da Bôla Lêveda da Cabeça” é a proposta para mais um Serão D’Aldeia, no dia 29 de Setembro, na aldeia de Cabeça, concelho de Seia. Associado ao plano de animação da Rede de Aldeias de Montanha, a aldeia convida a comunidade a presenciar uma actividade da aldeia, que tem na sua génese a tradicional desfolhada do milho, proposta que se estende à prova daquela que, pelos habitantes da aldeia, é considerada uma das melhores bolas do Mundo, a Bôla Lêveda da Cabeça.A gente da aldeia vai receber os visitantes com outras surpresas gastronómicas, a que se junta a música, com uma actuação do Grupo Local, o Balancé da Cabeça. Está também programada uma caminhada, com início às 16.30 horas, num itinerário pelos socalcos da aldeia, para assinalar o Dia do Coração. Cabeça é uma pequena povoação situada num morro, sobranceira à ribeira de Loriga, no concelho de Seia. Caracteriza-se pelos seus socalcos onde, ainda, são utilizados instrumentos agrícolas muito primários. 


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Loriga - A Ribeira de S. Bento... Esquecida ou Bloqueada?...



Quando nos criávamos, em Loriga, nos idos anos 60 do século passado, a ribeira era o nosso mundo...
No verão calcorreávamos, "dinqueiros" a ribeira "pia cima e pia baixo", como no tempo usava dizer-se.
A Ribeira da Nave, por estar mais livre, era mais frequentada. No entanto, a Ribeira de S. Bento, foi aquela com a qual tive o primeiro contacto. Por um lado, pela proximidade, por outro, porque a minha tia Aurora, irmã da minha avó, tinha o moinho do regato onde nós íamos frequentemente buscar farinha para a minha mãe cozer a broa.
A Ribeira de S. Bento, onde estavam instaladas a maioria das fábricas, não era tão apetecível como a da Nave, mas nós usufruíamos dela entre o regato e o "Poço do Leques". E a "Piorca", pela sua configuração estranha, exercia um certo fascínio sobre nós, crianças de tenra idade, que víamos ali mais um grande motivo de aventura.
Na época, a ribeira estava acessível a toda a gente, apesar de a água ser desviada para os "pisões" das fábricas que ainda laboravam, nomeadamente a Leitão & Irmãos, a Redondinha, a das Malhas Nunes & Abreu e a do Moura Cabral. Mas nós não tínhamos qualquer problema em dividir os nossos "territórios de aventura" com as fábricas onde os nossos pais ganhavam o pão e onde nós próprios, durante as férias aprendíamos o valor do trabalho. Lembro-me que, naquele tempo, três crianças de 12 anos, na "Caneleira", alimentavam 20 "Tecelões" na fábrica do Moura Cabral. O meu pai dizia que o patrão nos deixava aprender uma profissão, mas o certo é que os teares trabalhavam, porque nós enchíamos as canelas para as lançadeiras dos teares, continuarem a tecer.
Voltando à Ribeira...
Decidi, no dia  9 de Agosto, aventurar-me pela Ribeira de S. Bento, à procura dos locais da minha infância, nomeadamente a "Piorca".


Tinha pensado publicar algumas fotos com o título de "Ribeira Esquecida", uma vez que a Ribeira da Nave, devido à Praia Fluvial e à sua notoriedade, tem sido alvo de inúmeras fotos e a de S. Bento, raramente é retratada, pelos que, nas redes sociais e não só, divulgam a nossa terra.
Mal eu sabia o que me esperava!...
Ao chegar ao local onde antes estava o moinho, deparei com uma construção, que não tinha nada a ver com a anterior e, mais adiante, uma ponte de cimento, que une as duas margens da ribeira. Mas...  a levada que seguia para a ribeira já lá não está. Então, pensei: -Vou passar para a outra margem e sigo pela levada de lá.
Assim fiz. Mas os silvados não me deixaram prosseguir.
Resolvi voltar ao inicio e subir a rampa da fábrica, na esperança de ir pela levada que estava por detrás desta. Em vão. Não havia qualquer passagem.
"Embarrei-me num cômbaro", como se dizia em Loriga, por trás da atual fábrica de Malhas Pinto Lucas e consegui chegar à levada. Mas, qual não é o meu espanto, quando me vejo rodeado de vedações.
Olho ao redor, enquanto vou fotografando alguns recantos que me pareciam especiais, percebo que estou "enqueiçado", falando em bom Loriguês. Apesar disso, não desanimo e sigo em direção a uma parte da vedação que me parecia ser um portão.
Felizmente apareceu uma pessoa!...
Identifiquei-me e logo obtive licença para passar pelo dito portão. Segui, então, na direção do meu objetivo,  a "Piorca". Pretendia continuar até ao "Poço do Leques", mas... a densa vegetação, por um lado e as vedações por outro, impediram-me de concretizar este desiderato.
Mais uma vez, necessitei de obter licença para passar pelos terrenos vedados e consegui inteirar-me das razões que levaram a este bloqueio da Ribeira.
Sem querer desenterrar, qualquer guerra antiga, apenas pretendo alertar, para o facto de, em Loriga estar a assistir-se, como noutros lados a uma privatização de muitas serventias públicas.
A ribeira sempre foi e deveria continuar a ser acessível. Porém, como alguns têm a pretensão de ser donos do mundo, mesmo que o seu mundo seja uma pequeníssima "quinta", o que é de todos, porque todos nos demitimos de exercer a nossa cidadania, é objeto de apropriação indevida por uns poucos que se julgam com direitos  especiais.
Ao que sei, foi o que se passou com as serventias das levadas que nos levavam para a ribeira...
Foram cortados os acessos, sem qualquer benefício para os proprietários, mas com o prejuízo de todos!
Se não estivermos atentos, talvez um dia destes, não seja possível vermos fotos como estas...


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Ribombar - Fim de Semana em Cabeça e Loriga


O Grupo Ribombar e um conjunto de amigos de Torres Vedras, visitataram a região da Serra da Estrela, no passado fim de semana, 30 de junho e 1 de julho. A primeira paragem foi na Freguesia da Cabeça, a 1ª ALDEIA LED de Portugal. Aqui, o grupo, depois de um almoço partilhado, no Pavilhão Multiusos cedido pela freguesia, ofereceu à população uma tarde de animação, com uma arruada e uma atuação no Largo da Malhada.
Também alguns dos elementos do Grupo ComCordas, que seguiam na comitiva participaram na animação, com os seus Cavaquinhos.





Houve, ainda tempo para visitar a Igreja de S. Romão e a "Casa do Tear", dois locais cheios de história e histórias interessantes, que nos foram contadas, com grande vivacidade e entusiasmo, pelo nosso anfitrião, o amigo José Pinto.

No fim, foi-nos oferecido um belíssimo lanche com as iguarias da região, que fizeram as delicias dos visitantes.


Depois de ter passado uma magnífica tarde na Cabeça, o grupo rumou a Loriga, onde nos esperava um compromisso... uma arruada com gigantones, para anunciar a chegada da Marcha de Loriga e da convidada, Marcha de Avô. Por volta da 21:00h, lá seguimos, "pia baixo"- como noutros tempos se dizia em Loriga- com dois feios gigantones que seguiam na frente do grupo. Percorremos as principais ruas da vila, tendo regressado ao local de inicio: a Carreira, na Av. Augusto Luiz Mendes. 



 Seguiu-se a apresentação das Marchas. A Marcha de Loriga, cujo tema deste ano, é o minério, apresentou-se em primeiro lugar. A apresentação esteve a cargo do Carlos Amaro, que se socorreu de um pequeno texto, da sua autoria para explicar o aparecimento de alguns dos elementos coreográficos, nomeadamente a bandeira britânica. A presença inglesa no tempo da II Guerra Mundial e a queda do avião da RAF - Royal Air Force, bem como a logistica que, na altura foi montada em Loriga, para a exploração do minério - Volfrâmio e Urânio, que seria usado pelos ingleses na guerra contra a Alemanha.  




Antes da atuação do Balancé da Cabeça, ainda houve tempo para apresentar em Loriga o Hino da Praia Fluvial. 

Após a atuação do grupo Balancé, a animação continuou, com DJ e Karaoke. 
Após uma noite gélida, eis que o novo dia surge com céu limpo e um sol radioso. Como esperávamos, um clima propício para a caminhada que haviamos planeado. E lá vamos então, serra acima, em direção à "Casa do Guarda", para depois derivar para a Praia Fluvial de Loriga, onde todos ansiavam chegar... os mais novos, para darem os seus mergulhos... os mais velhos para apreciaram a beleza do local. 








Uma ou outra cerejeira à beira do caminho, fizeram as delícias dos Torreenses que provaram  e gostaram, das cerejas de Loriga.
Por volta do meio dia, regressámos aos alojamentos respetivos para as últimas arrumações. Seguiu-se um excelente almoço, no Restaurante Império. Findo o almoço, ainda tempo para umas últimas compras e a viagem do regresso iniciou, já passava das três da tarde. Após um viagem calma e tranquila, apesar de um ou outro percalço, na parte final, chegámos ao destino por volta das 21:00h. 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Gravada a versão final do Hino da Praia Fluvial


Depois de ter sido apresentado pública e oficialmente no passado dia 9 de Junho, no decurso da 24ª Semana Serrana, gravámos hoje, num dos melhores estúdios da Península Ibérica, que por acaso se situa em Ponte do Rol, a versão final do Hino da Praia Fluvial de Loriga.
Chegámos, assim, ao fim de um processo que se iniciou há pouco mais de um mês com um encontro entre o autor/compositor Amadeu Diniz da Fonseca, que conhecemos através do loriguense José Prata.
O local escolhido foi a sede da ANALOR, com a presença do Presidente da Direção, Dr. José Mendes e nesse dia ouvimos pela primeira vez o que era um esboço  da cantiga. Nesse mesmo dia trocámos ideias sobre alguns dos aspetos da letra, do refrão, do ritmo, da possivel orquestração e comprometemo-nos a dar seguimento ao projeto.
Pedimos colaboração a um outro loriguense, o José Manuel Alves que, prontamente, aceitou e com quem trocámos ideias sobre o arranjo instrumental  e a forma de o gravar. É dele o arranjo instrumental e, com ele, gravámos a maquete e a versão que apresentámos na Semana Serrana.
A Silvia Filipe entra no projeto, porque tem uma excelente voz, dois discos gravados e alguns anos de ligação ao mundo das cantigas. Esteve há alguns anos em Loriga onde atuou, com o grupo feminino as "Coktail K" e leciona a disciplina de EVT na EBI Padre Vitor Melícias, onde trabalhamos  e colaboramos em alguns projetos desde 2006.
Aceitou o desafio de dar voz ao nosso hino e fê-lo com muito gosto, como fez questão de frizar.
O resto apareceu naturalmente já que fazemos este tipo de trabalho há muitos anos e a orquestração final, bem como o arranjo vocal, foi ada nossa responsabilidade.
Coincidentemente, existe em Ponte do Rol um dos melhores estúdios da Peninsula, como já referimos, o Canoa Studios.
Entre muitos outros trabalhos de grande viibilidade deste estúdio, podemos referir que o grande sucesso  "Perdoname" de Carminho e Pablo Alboran, gravou as Guitarras e as vozes neste estúdio.
Por outro lado, o Nelson Canoa, dono e responsável pela nossa gravação tem a direção musical do programa "Ídolos" da SIC.

Estavam, assim, reunidas as condições para chegarmos a um produto com a qualidade do que aqui apresentamos e Loriga merece!
Partilhamos também alguns dos momentos da gravação.